PREPARAÇÃO ACADÊMICA - PA









Bem Vindos, Caros Alunos dos 3ºs anos!
Vamos fazer esse simulado abaixo para verificarmos quanto estamos preparados e diagnosticar nossos pontos de atenção?!
Vamos lá!!!
https://www.educacaoetransformacao.com.br/simulados-prova-brasil/





Sala de Informática, alunos dos 3ºs anos C e A resolvendo as questões do Simulado Prova Brasil.
Corresponsabilidade e protagonismo juvenil! 


PREPARAÇÃO ACADÊMICA  - 2ª SÉRIES



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CAROS ESTUDANTES DOS 3º ANOS:

MATERIAL PARA LEITURA E PRODUÇÃO COM A FINALIDADE DE PRODUZIR ARTIGO DE OPINIÃO


O aborto sempre foi, em todo o mundo, um tema muito polêmico e delicado, pois resvala em aspectos públicos, que dizem respeito a toda sociedade (principalmente às mulheres), e em aspectos privados, como religião, por exemplo.
Por este motivo, o texto de hoje e o da próxima semana têm como objetivo mostrar para você, leitor do infoEnem, os argumentos favoráveis e contrários à descriminalização do aborto no Brasil para que você pode se inteirar a respeito do tema e, a partir disso, buscar mais informações e dados e estar pronto, a partir desse estudo, a escrever uma dissertação-argumentativa acerca deste tema caso você o encontre em alguma prova de redação. No final desse texto, colocamos todas as fontes de informações que usamos. É só clicar nos links.
Antes de iniciarmos o texto propriamente dito, gostaríamos de afirmar que não acreditamos que a descriminalização do aborto seja tema da prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2018, pois se trata de um tema muito polêmico e o exame tende fugir deste tipo de assunto; pelo menos é o que temos visto desde a sua criação. Porém, como esse tema pode ser abordado em outras provas de redação e como sabemos que o infoEnem é lido por candidatos de diversos vestibulares, optamos por abordá-lo na coluna de redação.
No Brasil, a interrupção da gravidez é considerado um crime contra a vida humana pelo Código Penal (instituído em 1942) e é legal em apenas três casos:
1.    se a gestante corre risco de morrer e não haja outro meio de salvar a sua vida;
2.   se a gravidez for fruto de um estupro;
3.   se o feto for anencefálico, isto é, apresentar uma má formação rara do tubo neural, caracterizada pela ausência parcial do encéfalo e da calota craniana (votado em 2012 pelo Supremo Tribunal Federal).
Fora isso, o aborto é crime e a mulher que aborta ou consente o procedimento pode pegar de um a três anos de detenção e a pessoa que o realizar, com o consentimento da gestante ou sem, pode pegar de um a quatro anos de prisão.
Desta maneira, estamos na categorias de países que criminalizam o aborto, juntamente com o México, Venezuela, Paraguai, Chile (América Central e Latina), Mali, Senegal, Angola, República Democrática do Congo e Egito (África), Iraque, Síria, Irã, Afeganistão (Oriente Médio) e Indonésia (Oceania).
Por outro lado, há países onde o aborto é descriminalizado, como por exemplo, Estados Unidos e Canadá (América do Norte), Uruguai e Guianas (América Latina), África do Sul e Moçambique (África), vários países europeus como Portugal, França, Itália, Espanha, Alemanha, Irlanda (que descriminalizou o aborto em maio deste ano), Rússia e Austrália (Oceania).
Há ainda países onde o aborto é permitido a fim de preservar a saúde da gestante (como por exemplo, Argentina, Bolívia, Peru, Argélia, Marrocos, Polônia, Coreia do Sul) e para mulheres que provam que não têm condições financeiras para levar a gravidez adiante e ter o filho (como por exemplo, Reino Unido, Finlândia, Índia e Japão).
Podemos analisar esse quadro pelo viés econômico. Em geral, a interrupção da gravidez é descriminalizada em países desenvolvidos e criminalizada em países emergentes (como o Brasil), tirando algumas exceções.
Há países, inclusive, que criminalizam o aborto inclusive se a gravidez for fruto de estupro ou incesto, como por exemplo, na Irlanda do Norte, Nicarágua, Honduras e República Dominicana.
Deste modo, podemos dividir os países que criminalizam a interrupção do aborto em dois grupos: (1) o que permite o aborto em alguns casos, como o Brasil e (2) os países que não permitem o aborto em nenhuma circunstância.
Indo para os números, em 20 anos, entre 1990 e 1994 e 2010 e 2014, os números de aborto caíram em países desenvolvidos, onde ele é descriminalizado; passou de 46 para 27 abortos para cada mil mulheres em idade reprodutiva. Já nos países em desenvolvimento, onde a prática é criminalizada, a taxa se manteve praticamente estável, passando de 39 para 36 para cada mil mulheres em idade reprodutiva segundo dados do relatório do Instituto Guttmacher, organização dos Estados Unidos parceira da Universidade de Columbia.
De acordo com o mesmo relatório, a interrupção da gravidez ocorre com maior frequência em países onde ela é criminalizada ou permitida apenas para salvar a vida da gestante e mulheres com idade entre 20 e 24 anos são as que mais abortam no mundo.
O estudo ainda mostra que o mundo vem se tornando mais liberal em relação ao aborto, já que desde o ano 2000, 28 países alteraram sua legislação acerca do tema. Porém, nos países onde ele é criminalizado, 31% dos abortos são feitos de maneira menos segura do que deveria e 14% são realizados de maneira insegura, isto é, sem atender a nenhum critério médico; neste caso, 40% das mulheres sofrem complicações médicas após o procedimento.
No Brasil, no último mês de agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) realizou audiências públicas sobre o tema, nos quais os ministros ouviram argumentos de pessoas que representam entidades e organizações que são favoráveis e contrárias à descriminalização do aborto.
Tal atitude foi tomada pela ministra Rosa Weber por conta de uma ação protocolada no STF que pede a legalização do aborto até a 12ª semana de gestação, ou seja, que a interrupção da gravidez até a 12ª semana de gestação deixe de ser crime e passe a ser direito da gestante se assim ela desejar.
A ação foi protocolada pelo PSol (Partido Socialismo e Liberdade) com assessoria do Anis (Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero). Tanto o PSol quanto a Anis afirmam que o marco da 12ª semana de gestação é considerado o mais seguro para se fazer o procedimento pois, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta período, há apenas 0,05% de chances de complicações. Além disso, a 12ª semana é o parâmetro em vários países onde o aborto é descriminalizado.
Na próxima semana, continuaremos a abordar este assunto trazendo (1) as opiniões expressas na audiência pública promovida pelo STF (favoráveis e contrárias à descriminalização do aborto no Brasil) e (2) os dados estatísticos dos abortos legais e clandestinos no país.

Referências Bibliográficas:

Como prometemos na última postagem (leia aqui), nesta matéria daremos continuidade à abordagem de um possível tema de proposta de redação: a descriminalização do aborto no Brasil. Falaremos acerca das opiniões favoráveis e contrárias à proposta de mudança de lei expressas nas audiências públicas do Supremo Tribunal Federal (STF).
Como dissemos no último texto, o STF promoveu, em agosto, uma série de audiências públicas a respeito da descriminalização do aborto. Na ocasião, representantes de diversos segmentos da sociedade foram convidados a estar presentes e a expressar sua argumentação em relação ao assunto sob os mais variados prismas. Aspectos religiosos, sociais, familiares e relativos à saúde e à sexualidade foram um dos mais citados, já que o aborto abarca todos eles. As opiniões favoráveis e contrárias basearam-se em argumentos de cunhos científicos, médicos, sociais e religiosos, basicamente.
Como exemplo, podemos citar a afirmação de uma das representantes do Ministério da Saúde, Fátima Marinho, diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde:
Uma em cada cinco mulheres já fez um aborto no Brasil. A carga do aborto inseguro é extremamente alta e se transformou em um grande problema de saúde pública.
Além disso, Fátima Marinho afirmou que, segundo estudos, as mulheres que mais morrem devido às complicações oriundas de um aborto inseguro são jovens, negras e pobres, solteiras e que estudaram apenas até o ensino fundamental.
Para a pesquisadora da Anis e professora da faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB) Débora Diniz,
é dever da corte suprema analisar as leis à luz da Constituição. É dever do STF [Supremo Tribunal Federal] olhar o ordenamento jurídico anterior à Constituição. Há preceitos fundamentais que estão sendo descumpridos.
Já para a representante da União dos Juristas Católicos do Estado de São Paulo (Ujucasp), Angela Vidal Gandra Martins, advogada,
não há controvérsia constitucional. Não há descumprimento de preceito fundamental. É incabível uma arguição nesse sentido. Há uma manipulação de conceitos.
Uma posição tida como exceção dentre os representantes da fé cristã foi a de Maria José Rosaldo Nunes, presidente da Católicas pelo Direito de Decidir. Segundo ela,
Para alguns setores, a vida é entendida de maneira abstrata. É a vida de um possível ser. Nesse argumento, ir contra o aborto, seria defender a vida. No nosso entendimento, mesmo dentro da fé, a mulher tem o livre arbítrio, dentro da sua fé e da sua consciência, para decidir. O problema do aborto, no início, está atrelado à questão do adultério, de que uma mulher só interromperia uma gestação para escondê-la. Essa questão da vida na igreja só começou a surgir a partir do século XIX.
Um dos pontos mais discutidos em relação à prática do aborto é quando começa a vida humana. Para a grande maioria dos religiosos, principalmente os cristãos, a vida humana inicia no momento da fecundação, quando óvulo e espermatozoide se encontram e se fundem, como acredita a Igreja Católica Apostólica Romana.
No papado de Pio IX, o próprio pontífice decidiu que o correto seria proteger o ser humano a partir da hipótese mais precoce, ou seja, a da concepção na união do óvulo com o espermatozoide. “A vida, desde o momento de sua concepção no útero materno, possui essencialmente o mesmo valor e merece respeito como em qualquer estágio da existência. É inadmissível a sua interrupção“, afirma dom Rafael Llano Cifuentes, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Nas audiências públicas do STF, o representante da CNBB voltou a afirmar que “o direito à vida é incondicional. Deve ser respeitado e defendido, em qualquer etapa ou condição em que se encontre a pessoa humana“.
Em relação à ciência, não há um consenso sobre o assunto. Hoje já se sabe que não há um momento único em que acontece a fecundação. O encontro do óvulo com o espermatozoide não é instantâneo, pois, em um primeiro momento, o espermatozoide penetra no óvulo, deixando sua cauda para fora; horas depois, o espermatozoide já está dentro do óvulo, mas os dois ainda são coisas distintas.
Atualmente, os pesquisadores preferem enxergar a fertilização como um processo que ocorre em um período de 12 a 24 horas“, afirma o biólogo americano Scott Gilbert, no livro Biologia do Desenvolvimento.
Dentro de um período de 15 dias após a fecundação, o embrião pode dar origem a um ou mais embriões; é o caso da gestações de gêmeos. Podemos considerar uma vida humana algo que ainda pode originar mais embriões?
Segundo matéria publicada na revista Superinteressante, há pelos menos quatro teorias sobre o início da vida humana e duas das mais relevantes são as seguintes:
1.    a vida humana se origina na gastrulação – estágio que ocorre no início da 3ª semana de gravidez, depois que o embrião, formado por 3 camadas distintas de células, chega ao útero da mãe. Nesse ponto, o embrião, que é menor que uma cabeça de alfinete, é um indivíduo único que não pode mais dar origem a duas ou mais pessoas. Ou seja, a partir desse momento, ele seria um ser humano.
2.   há uma corrente científica defendendo que para saber o que é vida, basta entender o que é morte. E países como o Brasil e os EUA definem a morte como a ausência de ondas cerebrais. A vida começaria, portanto, com o aparecimento dos primeiros sinais de atividade cerebral. E quando eles surgem? Bem, isso é outra polêmica. Existem duas hipóteses para a resposta. A primeira diz que já na 8ª semana de gravidez o embrião – do tamanho de uma jabuticaba – possui versões primitivas de todos os sistemas de órgãos básicos do corpo humano, incluindo o sistema nervoso. Na 5ª semana, os primeiros neurônios começam a aparecer; na 6ª semana, as primeiras sinapses podem ser reconhecidas; e com 7,5 semanas o embrião apresenta os primeiros reflexos em resposta a estímulos. Assim, na 8ª semana, o feto – que já tem as feições faciais mais ou menos definidas, com mãos, pés e dedinhos – tem um circuito básico de 3 neurônios, a base de um sistema nervoso necessário para o pensamento racional. A segunda hipótese aponta para a 20ª semana, quando a mulher consegue sentir os primeiros movimentos do feto, capaz de se sentar de pernas cruzadas, chutar, dar cotoveladas e até fazer caretas. É nessa fase que o tálamo, a central de distribuição de sinais sensoriais dentro do cérebro, está pronto. Se a menor dessas previsões, a de 8 semanas, for a correta, mais da metade dos abortos feitos nos EUA não interrompem vidas. Segundo o instituto americano Allan Guttmacher, ONG especializada em estudos sobre o aborto, 59% dos abortos legais acontecem antes da 9ª semana.
Como este texto ficou muito extenso, optamos por finalizar esse assunto na próxima semana, com os números de abortos legais e clandestinos no país.
Logo abaixo, vocês podem acessar todos os textos que foram usados para escrever a publicação de hoje.
Até a próxima semana!

Referências Bibliográficas:
Bem-Estar: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/numero-de-abortos-cai-no-mundo-puxado-por-paises-desenvolvidos-com-legalizacao.ghtml
Código Penal: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm
Huffpost Brasil: https://www.huffpostbrasil.com/2017/03/07/pela-vida-de-todas-acao-do-psol-pede-legalizacao-do-aborto-no-b_a_21875491/
Relatório do Instituto Guttmacher (em inglês): https://www.guttmacher.org/sites/default/files/report_pdf/abortion-worldwide-2017.pdf
Revista Exame: https://exame.abril.com.br/mundo/entenda-como-o-aborto-e-tratado-ao-redor-do-mundo/
Superinteressante: https://super.abril.com.br/ciencia/vida-o-primeiro-instante/
Quebrando o Tabu sobre aborto no GNT: https://globosatplay.globo.com/gnt/v/7001598
Profissão Repórter sobre aborto: https://globoplay.globo.com/v/6948539/programa/

*CAMILA DALLA POZZA PEREIRA é graduada em Letras/Português e mestra em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente trabalha na área da Educação exercendo funções relacionadas ao ensino de Língua Portuguesa, Literatura e Redação. Foi corretora de redação em importantes universidades públicas e do Curso Online do infoEnem. Além disso, também participou de avaliações e produções de vários materiais didáticos, inclusive prestando serviço ao Ministério da Educação (MEC).

**Camila é colunista semanal sobre redação do nosso portal. Seus textos são publicados todas as quintas!
O post Tema Redação: Descriminalização do Aborto no Brasil (II) apareceu primeiro no infoEnem. ESTUDE COM OS MELHORES MATERIAIS PARA O ENEM: CLIQUE AQUI para obter apostilas com mais de 1000 questões do Enem resolvidas e Comentadas Estude com nossos Simulados Online. CLIQUE AQUI para obter a melhor apostila de redação para o Enem Baixe gratuitamente o e-Book: Manual do Sisu / Manual do Prouni


BONS ESTUDOS! PROFESSORA ALCIONE  👀👀❤❤


BOM DIA, CAROS ALUNOS!

Vale a pena conferir esse site!

https://www.ciadeestagios.com.br/estudantes/
Programa de estágios em 2019 – Companhia de Estágios


Posted: 18 Sep 2018 07:38 AM PDT
Sisu 2019 – Sistema de Seleção Unificada – ainda sequer teve seu calendário divulgado, mas a Universidade Federal do Pernambuco (UFPE) já se antecipou e anunciou alteração dos pesos e notas mínimas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para a próxima edição do processo seletivo.
Conforme divulgado pela Pró-Reitoria de Graduação da Universidade pernambucana, apenas os cursos com oferta em Recife sofrerão alteração, portanto sem mudanças para carreiras com sede nos municípios de Vitória ou Caruaru.
Veja a relação de cursos com trocas das variáveis relacionadas ao exame nacional: biomedicina, ciências ambientais, design, bacharelado em educação física, engenharia da computação, engenharia de produção, licenciatura em física, bacharelado em história, licenciatura em história, hotelaria, pedagogia e turismo.
A relação completa com a nota mínima e peso de cada uma das provas do Enem – Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Linguagens e Códigos, Matemática e Redação – para cada curso contemplado pode ser consulta nesta tabela, no arquivo digital em formato pdf. Todas a mudanças registradas estão na cor vermelha.
Apesar da novidade, a Federal de Pernambuco ainda não informou a quantidade de vagas que serão ofertadas no ano que vem por meio do sistema unificado gerido pelo Ministério da Educação (MEC). Este dado, bem como todas as regras, deverão ser informados apenas no Termo de Adesão ao Sisu, que será liberado pela instituição em data mais próxima ao processo seletivo, previsto para janeiro do ano que vem.


Afinal, o Que São os Pesos as Notas Mínimas do Enem no Sisu?

O Sisu consiste num ambiente virtual criado pelo MEC para selecionar estudantes para as vagas disponíveis em universidades públicas e institutos federais de ciência, educação e tecnologia por meio do desempenho na última edição do Enem, no caso será válida a de 2018. Cada instituição possui autonomia para criar regras, pré-requisitos de desempenho e utilizar as notas do exame como bem entende para classificar os concorrentes.
Os dados utilizados são as notas mínimas e pesos referentes a cada uma das cinco áreas da avaliação. Normalmente o peso é maior e nota mínima (ou nota de corte) são mais elevados nas áreas relacionadas diretamente ao curso em questão. Em engenharia elétrica, por exemplo, a tendência é que a nota mínima exigida e o peso da prova de Matemática do Enem sejam mais altos do que outra área do exame, como Ciências Humanas.
Para compreender melhor o assunto, recomendamos a leitura deste esclarecedor artigo publicado aqui no Portal infoEnem.

Posted: 06 Mar 2019 04:43 PM PST
Conforme matéria publicada aqui no Portal infoEnem na semana passada, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) confirmou que as provas do Enem 2019 – Exame Nacional do Ensino Médio – acontecerão nos dias 3 e 10 de novembro, mantendo o formato de aplicação em dois domingos.
Além disso, o órgão também definiu as datas de outros dois eventos fundamentais para quem vai prestar o exame: o prazo para solicitação de isenção / justificativa de ausência no Enem 2018, que vai de 1º a 10 de abril; e o período de inscrições, que será entre 6 a 17 de maio. Vale esclarecer que desde o ano passado a solicitação da isenção da taxa de inscrição é feita antes do prazo de cadastro, para facilitar a organização do exame.
Apesar de declarações e polêmicas com relação ao Presidente da República afirmar que criará uma comissão para barrar questões com viés ideológico no Enem, o Ministério da Educação (MEC) não sinalizou nenhuma mudança no modelo de prova. Portanto, a avaliação continua trazendo 180 questões objetivas de múltipla escolha (com 5 alternativas cada sendo apenas uma correta) mais uma proposta de redação distribuídos nos dois dias de aplicação, conforme detalhado a seguir:
  • Dia 1 (03 de Novembro): 45 questões de Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias + 45 itens de Ciências Humanas e Suas Tecnologias + Redação, em 5h30min;
  • Dia 2 (10 de Novembro): 45 questões de Matemática e Suas Tecnologias + 45 itens de Ciências da Natureza e Suas Tecnologias + Redação, em 5h00min.
O horário de aplicação, que deve ser mantido em 13h – Horário Oficial de Brasília, bem como o cronograma completo com outras datas importantes, como a liberação do cartão de confirmação de inscrição e o resultado com as notas individuais, por exemplo, sairão apenas no Edital, previsto para ser publicado oficialmente neste mês de março.
O desempenho dos candidatos no exame continuará sendo utilizado para acesso dos candidatos ao ensino superior público e privado, por meio de programas como Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), Sistema de Seleção Unificado (Sisu) e o Programa Universidade Para Todos (Prouni).
Fonte: Portal Inep


Posted: 07 Mar 2019 06:58 PM PST
Bem vindos de volta após a semana de loucura e/ou descanso no Carnaval! Quem foi para bloquinhos? Quem ficou no Netflix? Quem aproveitou pra dormir e ficou de sábado a terça deitado? Com as energias renovadas agora acho que dá pra retomarmos nossos estudos em redação, certo?
Nos artigos de fevereiro tratamos de pontos bastante gerais em relação à produção de textos: leitura e escrita, organização de tempolinguagem a ser utilizada e como se manter atualizado. Com essas ferramentas em mãos, já podemos começar a mergulhar um pouco mais nos detalhes da redação do Enem. Trata-se de uma produção bastante específica, com suas exigências próprias, mas que também tem bastante material disponível a ser analisado (a Cartilha do Participante, por exemplo, que é reelaborada todos os anos, o edital e a própria proposta no caderno de questões) e que, bem compreendido, pode evitar perda de nota (ou redação zerada #Deusmelivre) por motivos bobos.
O assunto de hoje é aquele pequeno parágrafo para o qual você muito possivelmente não dá tanta atenção ao ler a proposta (provavelmente porque já o viu por aí mil vezes, e não te culpo nem um pouco, mas vem comigo e façamos mais um esforcinho), mas que dá instruções valiosas e vale bastante a pena analisar frase a frase, então vamos lá!

Relembrando

O trecho que dá instruções sobre como produzir seu texto (excluindo as menções ao que pode zerar sua nota, como as sete linhas e tudo mais, que ficam pra outro artigo) é este aqui:
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo – argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema ‘Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet’, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Vamos separar cada um dos trechos e, rapidamente (já que uma análise mais profunda deles implica em conhecermos os critérios corrigidos, e pra isso precisaremos de, no mínimo, um artigo pra cada um pra conversamos melhor sobre), observar como eles podem nos ajudar a saber o que deixará a redação no Enem num bom nível.

A partir da leitura dos textos motivadores

Esse primeiro trecho parece óbvio, mas não é tão rara a famosa fuga ao tema. Ela parte justamente daqui! É preciso compreender que o título não é a única parte da proposta que será considerada para validar se você entendeu ou não o que foi pedido e está sendo tratado. Os textos motivadores são de extrema importância e podem muitas vezes ditar o que será considerado válido dentro daquela temática ou não, por detalharem de certa forma o que é esperado que o aluno desenvolva. Por isso, leia-os sempre com extrema atenção e não fuja muito dos tópicos em relação àquele assunto que foram tratados dentro deles (e isso não quer dizer de jeito nenhum que você é obrigado a concordar com eles. Fique à vontade para trazer suas argumentações e contestá-los, desde que sejam factuais e bem colocadas.).
Norma culta e seu antigo debate

Com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação

É aqui que está o trecho mencionando os conhecimentos externos que você deve trazer para a redação. Não basta argumentar bem mas fazer isso baseado em “achismos” e senso comum. É necessário inserir conhecimentos desenvolvidos ao longo de sua formação escolar (contextualização histórica, estatísticas, geografia etc.), bem como os adquiridos ao longo da vida através da recreação (sim, exemplos de séries, livros, filmes, figuras importantes naquele campo e obras de arte também valem! EBA!) e da informação diária (TV, rádio, jornais, revistas, internet) vinda de fontes IDÔNEAS (peloamordeDeus, não se esqueçam disso! Nem pensem em usar coisas que leram no Whats, tá?).

Redija um texto dissertativo – argumentativo

Esse tipo de texto possui características específicas e que merecem ser tratadas com cuidado em um próximo artigo. Mas Já dá pra ter uma ideia de que cartas, narrações ou poemas vão conseguir um lindo zero. Não quero ninguém que tenha lido essa coluna zerando redação com esse detalhe, hein?

Em modalidade escrita formal da língua portuguesa

No nosso penúltimo artigo tratamos das diferenças entre a linguagem formal e a informal. Portanto, já sabemos que vamos utilizar a modalidade formal e que muito provavelmente linguagem informal nos desconta alguns pontos. A menção à língua portuguesa também pode parecer incrivelmente óbvia, mas não custa nada lembrar que há grandes probabilidades de uma redação escrita em língua estrangeira ser zerada. Não se preocupe, no entanto, com estrangeirismos ou palavras em inglês incorporadas ao nosso vocabulário: elas podem ser usadas normal e tranquilamente!

Apresentando proposta de intervenção que respeite os Direitos Humanos

Essa é a questão mais polêmica do Enem até hoje! Até o Supremo Tribunal Federal ficou no meio da história. Mas sem pânico! Para entender o que são os direitos humanos, leia este artigo na íntegra. É um documento bastante simples e não tão extenso assim para ser lido. Alguns exemplos de atitudes que ferem esses direitos são a tortura, escravidão e censura. Depois de entender bem o que são os Direitos Humanos, é só sugerir soluções para a questão colocada em pauta que não firam nenhum deles. Alguns alunos em anos anteriores, quando o tema tratou da inclusão dos surdos, sugeriram extermínio e isolamento social para os indivíduos portadores de deficiência. Levaram um belíssimo e merecido zero na competência que trata da proposta de intervenção. Então sem tentar fazer gracinhas ou humor negro logo na conclusão de um texto que estava sendo lindamente conduzido, hein, galera?

Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista

Aqui entra mais um ponto a ser tratado com mais detalhes em outro(s) artigo(s), já que tratam de uma profundidade maior do texto: a seleção e organização de argumentos e as relações construídas entre eles através de seu texto de forma que tudo faça sentido. Na minha opinião pessoal, esse é o item que leva mais tempo para ser desenvolvido quando nos propomos a aprimorar habilidades na redação. Mas usando de um pouquinho de observação e atenção, podemos ir lapidando este quesito logo de cara. Por exemplo, ao reler um texto que produziu e sentir que ele parece uma espécie de “lista de argumentos” na qual só foi inserindo o que foi se lembrando, há chances de sua nota aqui não ser tão boa. Por isso é importante ficar de olho em nossos próximos artigos ao longo do ano e, acima de tudo, praticar! É necessário construir uma tese em seu texto e trazer argumentos para sustentá-la, relacionando cada um deles entre si e com a tese principal. Ao tentar fazer isso apenas no dia da prova, com certeza vai parecer um pouco mais complicado. Mas como você está seguindo nossas colunas e praticando a escrita, a dificuldade nesse quesito cai pela metade!
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*Vanessa Christine Ramos Reck é graduada em Letras na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e fluente em mais três idiomas: Inglês, Espanhol e Francês. Além disso, é corretora do Curso Online do infoEnem. Seus artigos serão publicados todas as quintas, não perca.


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Posted: 28 Mar 2019 07:22 PM PDT
Todo mundo já viu que o edital do Enem 2019 saiu? É uma ótima já baixar e dar uma olhada nele para vocês poderem ficar ligados nas datas (pedido de isenção no valor de inscrição, prazo de inscrição e datas de aplicação, por exemplo)! Mas já adianto que teremos redação, como sempre (eba!) e que ela será aplicada no primeiro dia de prova (03/11/2019), juntamente com as provas de Ciências Humanas. O tempo é o mesmo, de 5h30min, então as dicas sobre o cálculo de tempo que analisamos há algumas semanas aqui continuam valendo (ufa)!
Um item interessante a se observar no edital é esse aqui:
15.1.21 Iniciar as provas somente após ler as instruções contidas na capa do Caderno de Questões, no Cartão-Resposta, na Folha de Redação e na Folha de Rascunho,observada a autorização do aplicador.
Em 2018 a proposta de redação estava bem escondida, no meio da prova, o que deixou muita gente com dúvida sobre qual era o tema antes de encontrá-lo, ou fez com que os candidatos demorassem mais para ler a proposta, o que faziam só depois que a página era encontrada. A sugestão esse ano é de que, caso a proposta não tenha sido deslocada para as primeiras folhas, folheiem toda a prova e encontrem o tema de redação antes de começar! Afinal, de acordo com nosso cálculo de tempo, ler a proposta antes de fazer qualquer coisa pode ser extremamente útil para ir pensando no segundo plano do raciocínio em seus argumentos e até mesmo para reunir alguns ao longo da realização das questões, não é mesmo?
Outro cuidado a ser tomado:
15.1.23.1 O aplicador não substituirá o Cartão-Resposta, a Folha de Redação e
a Folha de Rascunho por procedimento indevido do participante.
PELOAMORDEDEUS NÃO ME DERRUBEM SUCO, CHOCOLATE NEM DESENHEM NESSA FOLHA DE REDAÇÃO, HEIN GALERINHA? (Foi mal pelo grito, mas precisei garantir! Hehehehehe!) Ah, e lavem a mão quando forem ao banheiro! É todo mundo grandinho, mas não custa nada lembrar, né? Aliás, nem só para a folha de redação, mas para a vida! Hahahaha!
15.1.24 Fazer anotações relativas às suas respostas apenas no Cartão-Resposta na Folha de Redação, na Folha de Rascunho e no Caderno de Questões, após a autorização do aplicador.
15.1.25 Ler e conferir todas as informações contidas no Caderno de Questões, no Cartão-Resposta, na Folha de Redação, na Lista de Presença, na Folha de Rascunho e nos demais documentos do Exame.
Esses dois artigos anteriores se resumem basicamente a: leiam todas as instruções contidas na prova (sempre, mesmo que já tenham prestado em anos anteriores, já que algo sempre pode ter mudado) e sigam sempre o que o aplicador está pedindo que vocês façam. Nada de saírem destacando folhas ou preenchendo nada sem a autorização deles, por mais que já tenham experiência, ok? De acordo também com o edital, caso aconteça algum acidente ou haja algum erro nas folhas de preenchimento de resposta da prova (a de redação inclusa, claro), é aos aplicadores que vocês devem se reportar, assim como para quem entregam as folhas de respostas (folha de redação e cartão resposta) Então já deu para perceberem que eles são as figuras de segurança para nós no dia prova, certo? Quer dizer…mais ou menos…caso se recusem a entregar alguma ou todas as folhas de resposta da prova após o horário de término da prova, eles serão os que eliminarão o candidato rebelde. Então, gente, por favor, não nos decepcionem e terminem e entreguem tudo no tempo estabelecido, beleza?
Mais uma parte importantíssima do edital que nos interessa em relação à redação:
7. DAS CORREÇÕES
17.1 Serão corrigidas somente as redações transcritas para a Folha de Redação e as respostas efetivamente marcadas no Cartão-Resposta sem emendas ou rasuras, com caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente, de acordo com as instruções apresentadas, sob pena da impossibilidade de leitura óptica do Cartão-Resposta e da Folha de Redação.
17.2 Os rascunhos e as marcações assinaladas nos Cadernos de Questões não serão corrigidos.
17.3 O cálculo das proficiências dos participantes, a partir de suas respostas às questões de múltipla escolha das provas objetivas, terá como base a Teoria de Resposta ao Item (TRI). O documento com a metodologia utilizada e com os critérios adotados pela banca poderá ser consultado no Portal do Inep, no endereço .
17.4 A nota da redação, variando entre 0 (zero) e 1000 (mil) pontos, será atribuída respeitando-se os critérios disponibilizados no Portal do Inep, no endereço , e na Cartilha de Redação do Enem 2019.
17.5 A redação será corrigida por dois corretores de forma independente.
17.5.1 Cada corretor atribuirá uma nota entre 0 (zero) e 200 (duzentos) pontos para cada uma das cinco competências.
17.5.2 A nota total de cada corretor corresponde à soma das notas atribuídas a cada uma das competências.
17.5.3 Considera-se a existência de discrepância entre dois corretores se suas notas totais diferirem em mais de 100 (cem) pontos ou se a diferença de suas notas em qualquer uma das competências for superior a 80 (oitenta) pontos.
17.6 A nota final da redação do participante será atribuída da seguinte forma:
17.6.1 Caso não haja discrepância entre os dois corretores, a nota final do participante será a média aritmética das notas totais atribuídas pelos dois corretores.
17.6.2 Caso haja discrepância entre os dois corretores, haverá recurso de ofício (automático) e a redação será corrigida, de forma independente, por um terceiro corretor.
17.6.2.1 Caso não haja discrepância entre o terceiro corretor e os outros dois corretores ou caso haja discrepância entre o terceiro corretor e apenas um dos corretores, a nota final do participante será a média aritmética entre as duas notas totais que mais se aproximarem, sendo descartada a outra nota.
Resumindo, aqui o INEP deixa claro o método pelo qual a redação é corrigida e como a nota é atribuída. Assim como no cartão resposta, ela deve ser escrita com caneta preta. O que é corrigido efetivamente é apenas o que está na folha de redação. O rascunho e as anotações ao longo do caderno de questões não serão considerados (mais um motivo para termos o tempo calculado direitinho, incluindo passar a redação a limpo).
18. DOS RESULTADOS
18.4 O participante poderá ter acesso à vista de sua prova de redação exclusivamente para fins pedagógicos, após a divulgação do resultado, em data a ser divulgada posteriormente. A vista da prova de redação será disponibilizada no endereço
enem.inep.gov.br/participante.
Diferentemente dos gabaritos das questões objetivas, as notas das redações e seus espelhos levam um tempinho para serem divulgados, justamente por conta do processo complexo e não automático ao qual elas são submetidas. Por isso, resta termos um pouco de paciência para saber quais carinhas veremos nas reportagens sobre as redações nota mil! =D
Quis me concentrar nos trechos do edital que tratam da redação essa semana, para que não tenhamos dúvidas nem mesmo dos processos burocráticos envolvidos! A linguagem não é tão complicada e comentei alguns trechos, mas caso haja ainda alguma dúvida, não hesitem em me questionar nos comentários, ok? Não se esqueçam também de baixar o edital e lê-lo inteirinho para ficarem por dentro de todas as informações, não apenas das que envolvem a redação. Até a semana que vem!


*Vanessa Christine Ramos Reck é graduada em Letras na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e fluente em mais três idiomas: Inglês, Espanhol e Francês. Além disso, é corretora do Curso Online do infoEnem. Seus artigos serão publicados todas as quintas, não perca.
Norma culta e seu antigo debate

Posted: 04 Apr 2019 02:43 AM PDT
Já conversamos anteriormente sobre como estabelecer uma organização para o estudo de gramática e, com isso, garantir uma nota legal na primeira competência da redação do Enem, que avalia justamente a modalidade formal da língua portuguesa. Nesta semana, a vez é da segunda competência, que trata do tipo de texto, de sua completude, do tema e dos conhecimentos externos inseridos na produção.
Antes de mais nada, relembremos a descrição da competência, que está inclusive na Cartilha do Participante de Redação, disponibilizada pelo próprio órgão organizador da prova, o INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas:
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.
O primeiro trecho, “compreender a proposta de redação“, nos indica que a fuga ao tema será penalizada aqui. Essa fuga ocorre ao produzirmos um texto que não se encaixe nos tópicos trazidos pelo título da proposta e pelas ideias contidas em seus textos motivadores. No caso de 2018, quando o tema foi a manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet, uma redação que tratasse da violência urbana ou da mobilidade de portadores de necessidades especiais, por exemplo, e nada mais, seria zerada. O mesmo provavelmente não aconteceria, no entanto, com uma produção que tratasse de algo relacionado à internet, já que esse assunto tem uma relação, mesmo que vaga, com a proposta inicial. Nesse segundo exemplo poderia haver um tangenciamento do tema, o que também não é muito legal para nossos textos, já que a nota na competência 2 cai consideravelmente por conta dele. Então, a solução para evitar esses dois casos é ler com MUITA atenção o título e os textos motivadores e checar novamente ao terminar a produção, para conferir se a produção se encaixa na proposta, combinado?

Aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema” já é a parte que faz medo em muita gente, por se tratar do item que ressalta a necessidade de trazermos conhecimentos pessoais acumulados externos, indo além dos textos motivadores (porque, convenhamos, aí fica fácil, né?). Mas atenção: não é só decorarmos uma listinha de citações de autores importantes e colocá-las genericamente em todo e qualquer tema de redação que conseguiremos a nota máxima nesse quesito. Como o trecho “para desenvolver o tema” implica, os itens devem ser relevantes e relacionados ao tema, fazendo com que nossa argumentação fique ainda mais embasada, não se sustentando apenas em afirmações de senso comum. Sendo assim, citações genéricas sem relação mais estreita com o tema (ou alguma de suas partes) acabarão saindo dessa intenção e podem acabar inclusive prejudicando algumas outras competências, como a que trata de coesão e coerência. O ideal aqui é tentar buscar em conhecimentos construídos ao longo dos anos escolares e até mesmo na cultura pop ou mídia informativa itens que possam reforçar, exemplificar, contextualizar ou fornecer índices relacionados às nossas afirmações sobre a proposta.
Para encerrar, o trecho “dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa” nos informa o tipo de texto que deve ser produzido. O texto dissertativo-argumentativo é aquele que tem um tom mais científico, que tenta comprovar através de fatos e afirmações embasadas que a opinião do autor (mesmo que ele não se coloque como tal na produção e tenha uma voz “neutra”) é a mais sensata, buscando convencer o leitor. Por isso o formato de texto exigido estar tão intimamente ligado à questão do conhecimento externo como forma de comprovar nossos argumentos. Além disso, é interessante prestarmos atenção no pedaço que menciona os limites estruturais do gênero. Introdução, desenvolvimento e conclusão são fundamentais. Pode parecer óbvio, mas bastante gente pode perder muitos pontos por não encerrar a produção (não dá tempo de passar a limpo, por exemplo – PELOAMORDEDEUS planejem-se para o tempo de redação, galera!), o que pode ser facilmente percebido pelos corretores e descontado na pontuação. Outra coisa que pode acontecer é uma falta de introdução, de certa forma. O candidato, por exemplo, começa o texto como se estivesse conversando com a proposta e/ou respondendo a uma pergunta feita ali. Isso pode garantir muitos pontos descontados também, já que o texto exigido deve ser completo e independente em argumentação, característica intrínseca do gênero dissertativo argumentativo. Falando em gênero, é aqui na competência 2 que também cabe a fuga ao gênero, já que é ela quem exige a dissertação. Portanto, cartas, narrativas, poemas e, sim, os famosos hinos de times de futebol e receitas de miojos podem zerar as redações dos engraçadinhos que gastaram esse tempo, no qual poderiam estar trabalhando em alguma questão que dominariam, para produzir essas pérolas! Hehehe.
O que acharam das dicas dessa semana? Já tinham analisado a segunda competência dessa forma ou foi a primeira vez que pensaram nela em mais detalhes? Contem pra gente nos comentários e até semana que vem!


*Vanessa Christine Ramos Reck é graduada em Letras na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e fluente em mais três idiomas: Inglês, Espanhol e Francês. Além disso, é corretora do Curso Online do infoEnem. Seus artigos serão publicados todas as quintas, não perca.

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